Liana Abreu Liana Abreu

Esquizofrenia

A Esquizofrenia é um transtorno psiquiátrico crônico que se caracteriza por distorções do pensamento e da percepção, e por afetos inapropriados ou embotados. O indivíduo apresenta psicose (perda do contato com a realidade). 

Ao contrário dos que muitos pensam, usualmente não há alteração da capacidade intelectual, embora déficits cognitivos possam evoluir no curso do tempo.

Inclui pacientes com sintomas, resposta ao tratamento e curso da doença variáveis.

 

Epidemiologia

A esquizofrenia é um transtorno mental que atinge aproximadamente 1% da população mundial

Acomete tanto homens quanto mulheres.

O início da doença costuma ser mais precoce nos homens, sendo o pico de início entre 10 e 25 anos. Nas mulheres tem dois picos de início, entre 25 e 35 anos e após os 40 anos. O início da doença antes dos 10 anos e após os 60 anos é raro. 

 

Causas

As causas que levam o paciente e desenvolver esquizofrenia são ainda desconhecidas.

Sabe-se que estão envolvidos fatores genéticos, ambientais, psicológicos.

 

Sintomas

Os principais sintomas são alucinações (percepções visuais, auditivas, olfativas ou táteis que na realidade não existem), delírios (crenças ou idéias que constituem uma falsa realidade, ou seja, não são compartilhadas pelas outras pessoas), comportamento desorganizado, fala desorganizada, embotamento afetivo (redução da demonstração de emoções) e avolia

Outros sintomas que podem estar associados são: apatia, dificuldade de concentração, ambivalência (sentimentos opostos em determinadas situações), isolamento social, alterações motoras, comportamento desinibido, respostas emocionais inadequadas, falta de higiene pessoal, mutismo, fala monótona, incoerente ou desorganizada.

 

Subtipos

Esquizofrenia paranoide: Tem predomínio de alucinações e delírios (frequentemente de perseguição ou grandeza). Alterações do afeto, da volição e da fala estão presentes mas não são proeminentes. Tendem a ser desconfiados, cautelosos, reservados, podendo ser às vezes hostis. É o subtipo mais comum.

Esquizofrenia hebêfrenica ou desorganizada: Tem predomínio de alterações do afeto e regressão acentuada para um comportamento primitivo, desinibido e imprevisível. Pensamento e fala desorganizados. Alucinações e delírios são fugazes e fragmentados. Contato com a realidade é pobre. 

Esquizofrenia catatônica: Caracterizada por acentuado distúrbio motor.  Pode envolver: estupor (diminuição marcante da reatividade ao meio ambiente), mutismo, negativismo (resistência aparentemente imotivada a todas instruções ou tentativas para ser movido), rigidez, excitação, posturas bizarras. Podem alternar entre extremos de excitação e estupor. 

Esquizofrenia simples: Desenvolvimento lento mas progressivo de uma conduta estranha, incapacidade para atender as exigências da sociedade e um declínio no desempenho total. Delírios e alucinações não são evidentes. Tipo incomum.

Esquizofrenia residual: Estágio crônico no desenvolvimento da esquizofrenia. Estágio mais tardio da doença caracterizado por sintomas “negativos" (afeto embotado, falta de iniciativa, retardo psicomotor, pobreza do discurso, falta de autocuidado, desempenho social pobre).

  

Tratamento

O pilar do tratamento são as medicações antipsicóticas. Intervenções psicossociais também são importantes, assim como a rede de apoio familiar.

Durante períodos de crises pode ser necessária a hospitalização.  

 

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