Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC)
O Transtorno Obsessivo-Compulsivo é um distúrbio psiquiátrico caracterizado pela presença de obsessões e/ou compulsões.
O que é:
O Transtorno Obsessivo-Compulsivo é um distúrbio psiquiátrico caracterizado pela presença de obsessões e/ou compulsões.
Obsessões são pensamentos, imagens ou impulsos recorrentes que aparecem de forma involuntária e indesejada, gerando ansiedade, medo ou desconforto.
Compulsões são comportamentos ou atos mentais repetitivos e voluntários realizados na tentativa de se livrar das obsessões e/ou aliviar ansiedade.
As obsessões e as compulsões recorrentes costumam causar sofrimento ao individuo, consomem tempo e interferem na sua rotina normal.
Dimensões de sintomas obsessivos-compulsivos mais comuns:
Contaminação: medo de contaminação/germes (obsessão) seguida por limpeza/lavagem excessivas ou evitação de objetos supostamente contaminados (compulsão).
Dúvida Patológica: dúvidas sobre a possibilidade de falhas e a necessidade de ter certeza (obsessão), podendo ser seguida de verificação/checagem (compulsão). Ex. dúvida se trancou a porta, seguida de repetidas verificações.
Simetria: preocupação em que as coisas estejam alinhadas e simétricas ou no lugar “certo” (obsessão), seguida por alinhar os objetos para que fiquem na posição “certa” (compulsão).
Pensamentos impróprios ou repugnantes: pensamentos de conteúdo violento ou agressivo, sexual ou blasfemo (obsessão), seguido ou não de atos na tentativa de neutralizá-los (compulsão).
Pensamentos supersticiosos: medo de que alguma desgraça ou tragédia aconteça (obsessão), seguidos por comportamentos os atos mentais que acredita que impeçam que algo ruim aconteça de fato (compulsão). Ex. “Se não deixar meus chinelos alinhados ao lado da cama algo ruim vai acontecer comigo”/ “Se eu não usar roupa vermelha nas sexta-feiras minha esposa vai ficar doente”.
Dados:
Atinge 2,5% das pessoas ao longo da vida.
Homens e mulheres são igualmente afetados.
A idade média de início é por volta dos 20 anos.
É comum pessoas que sofrem com TOC serem também afetadas por outras doenças psiquiátricas, como Depressão e Fobia social.
Fobia Específica
Fobia Especifica é caracterizada por um medo excessivo de circunstâncias, objetos ou situações.
O que é?
Fobia Especifica é caracterizada por um medo excessivo de circunstâncias, objetos ou situações.
São exemplos de estímulos fóbicos: altura, elevadores, animais, sangue, injeção, lugares fechados, fogo, tempestade, pontes.
Como se manifesta?
Quando o indivíduo com fobia especifica se expõe a situações ou objetos específicos, há uma resposta imediata de medo ou ansiedade grave. Essas reações são desproporcionais e irracionais em relação ao perigo real. A antecipação da situação temida, também pode desencadear o pavor.
Aquilo que causa medo é evitado ou é enfrentado com ansiedade intensa e desconforto.
Como é o tratamento?
O tratamento mais eficaz é a psicoterapia, como a Terapia Cognitivo-Comportamental.
Dados sobre Tabaco
O tabaco é uma das principais causas evitáveis de mortes em todo mundo
O tabaco é uma das principais causas evitáveis de mortes em todo mundo.
O tabaco mata até metade de seus usuários.
Mais de 7 milhões de pessoas morrem a cada ano devido tabagismo.
Há mais de 4.000 produtos químicos no fumo do tabaco (250 são conhecidos por serem prejudiciais e mais de 50 por causar câncer).
O fumo passivo (inalação da fumaça exalada pela pessoa que está fumando) também causa doenças e mata.
A dependência é causada pela nicotina.
Se precisar de ajuda para parar de fumar, procure um psiquiatra.
Fonte: Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) (dados de 2018)
Autismo
O Transtorno do Espectro Autista (TEA), como é atualmente chamado, é um conceito que engloba diferentes síndromes com ampla gama de gravidade, todas marcadas pela dificuldade no relacionamento social.
O que é?
O Transtorno do Espectro Autista (TEA), como é atualmente chamado, é um conceito que engloba diferentes síndromes com ampla gama de gravidade, todas marcadas pela dificuldade no relacionamento social.
Como se manisfesta?
É classificado como um transtorno do neurodesenvolvimento, caracterizado por dificuldades nas áreas de:
· Comunicação: dificuldade de expressão e de se comunicar (como falar frases sem significado, não utilizar gestos para comunicar o que desejam, ter problemas para entender perguntas, palavras, brincadeiras).
· Interação social: dificuldade de socializar e interagir com outras pessoas (como evitar contato social, ausência de sorrisos, preferir brincar sozinho, ter pouco envolvimento emocional).
· Padrões de movimentos e interesses: apresentam movimentos restritivos e repetitivos (como ficar girando ao redor de si mesmas, estalar os dedos, bater palmas, balançar o corpo quando sentados, fazer caretas). Demonstram interesses restritos (como obsessões por um determinado assunto, pelo movimento das próprias mãos, objetos giratórios).
Outras características: rigidez quanto à mudança de rotina, dificuldade em adormecer, irritabilidade ou passividade excessiva, resistência a introdução de novos alimentos, irritabilidade à luz ou atração à determinado tipo de luminosidade.
Os sintomas costumam estar presentes antes dos 3 anos de idade.
Qual a causa?
Não se sabe ao certo a causa. Acredita-se que seja uma combinação de fatores genéticos e ambientais.
Quais os índices de ocorrência?
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que há 70 milhões de pessoas com autismo em todo o mundo.
Atinge 4 vezes mais os meninos do que as meninas.
Como é o tratamento?
O tratamento do Transtorno do Espectro Autista envolve uma equipe multidisciplinar.
Cada paciente deve ser avaliado individualmente para definir o melhor tratamento para ele.
Fobia Social
Também chamada de Transtorno de Ansiedade Social, se caracteriza pelo medo de situações sociais (como reuniões, apresentações orais, encontro com pessoas novas). Algum grau de ansiedade nas interações sociais é considerado normal. Mas na Fobia Social o indivíduo teme, exageradamente, “passar vergonha”.
✅O que é?
A Fobia Social, também chamada de Transtorno de Ansiedade Social, se caracteriza pelo medo de situações sociais (como reuniões, apresentações orais, encontro com pessoas novas). Algum grau de ansiedade nas interações sociais é considerado normal. Mas na Fobia Social o indivíduo teme, exageradamente, “passar vergonha”.
✅Como se manifesta?
Há o medo de ser avaliado ou julgado por outras pessoas em certas situações. O temor pode ser em situações de desempenho (dar uma palestra, apresentar um trabalho), interações sociais (manter uma conversa, conhecer novas pessoas) e/ou ser observado (comendo, bebendo, escrevendo). A pessoa sente sintomas de ansiedade intensa frente a uma ou mais situações sociais.
As manifestações fisiológicas que acompanham a ansiedade e o medo podem incluir coração acelerado, rubor, boca seca, tremor, suor excessivo, entre outras.
Quando esse medo passa a impedir o indivíduo de participar de atividades desejadas ou causa um sofrimento acentuado, é considerado um transtorno mental.
✅Como é o tratamento?
Tanto o uso de medicamentos como a psicoterapia são escolhas de tratamento. A classe de medicamentos mais usada são os antidepressivos. A terapia cognitivo-comportamental é muito útil nesses casos.
HIGIENE DO SONO
HIGIENE DO SONO: É a prática que favorece a qualidade do sono.
É a prática que favorece a qualidade do sono.
Seguem dicas para dormir melhor:
1. Ter horários regulares para dormir e despertar
2. Praticar exercícios físicos regularmente, mas não próximo ao horário de dormir
3. Evitar consumo de estimulante (álcool, café, chá preto, nicotina) à noite
4. Dormir em um ambiente confortável, escuro e calmo
5. Ir para cama somente na hora de dormir
6. Não utilizar aparelhos eletrônicos na hora de dormir
7. Evitar ingerir grandes quantidades de alimentos e líquidos perto do horário de ir dormir
8. Não usar medicamentos para dormir sem orientação médica
Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG)
A ansiedade é caracterizada como uma sensação difusa, desagradável e vaga de apreensão frente a uma situação desconhecida. É uma resposta normal e adaptativa a uma ameaça e nos prepara para a situação.
O que é ansiedade ?
A ansiedade é caracterizada como uma sensação difusa, desagradável e vaga de apreensão frente a uma situação desconhecida. É uma resposta normal e adaptativa a uma ameaça e nos prepara para a situação.
Quando ansiedade se torna uma doença?
A ansiedade é considerada um problema quando é exagerada, sendo desproporcional a reação esperada, e passa a interferir no dia a dia do indivíduo e causa sofrimento e/ou prejuízo.
O que é Transtorno de Ansiedade Generalizada?
É um transtorno caracterizado por ansiedade e preocupações contínuas e excessivas em relação a diversos eventos ou atividades. A ansiedade e as preocupações são difíceis de controlar e estão associadas com outros sintomas, como inquietação, sensação de estar com os nervos à flor da pele, cansaço, alteração do sono, irritabilidade, tensão muscular, dificuldade em se concentrar, entre outros.
Como é o tratamento?
O tratamento pode ser realizado com medicamentos ou com psicoterapia ou com a combinação de ambos. Várias medicações são aprovadas para o tratamento do TAG.
Dicas para melhorar a ansiedade:
Tenha atividades de lazer
Pratique exercícios físicos
Tenha tempo para relaxar e descansar
Priorize ter uma boa noite de sono
Quando estiver ansioso, respire fundo e tente esvaziar a mente
Viva o presente! Tente não sofrer antecipado pelo o que nem aconteceu
Saúde Mental
O que é?
O conceito de saúde mental vai além da mera ausência de doenças mentais, é um estado de bem-estar no qual um indivíduo é capaz de usar próprias habilidades, pode lidar com as tensões normais da vida, pode trabalhar de forma produtiva e é capaz de fazer contribuições à sua comunidade.
O que é?
Segundo a Organização Mundial de Saúde, o conceito de saúde mental vai além da mera ausência de doenças mentais, é um estado de bem-estar no qual um indivíduo é capaz de usar próprias habilidades, pode lidar com as tensões normais da vida, pode trabalhar de forma produtiva e é capaz de fazer contribuições à sua comunidade.
Saúde mental é estar de bem consigo e com os outros. E isso está ligado com a forma como o indivíduo vivência e reage aos conflitos da vida. Para alcançar o bem-estar mental é preciso saber lidar com as emoções (boas e desagradáveis) e equilibrar os desejos, capacidades, ambições e idéias.
Como ter uma boa saúde mental?
A saúde mental é determinada por múltiplos fatores socioeconômicos, biológicos, psicológicos e ambientais.
Diversos fatores podem colocar em risco a saúde mental das pessoas; como rotina corrida, trabalho estressante, problemas financeiros, estilo de vida não saudável, violência.
Para ter uma boa saúde mental é preciso saber lidar com as emoções, enfrentar as exigências da vida, aprender a aceitar a si mesmo e os outros, ter hábitos de vida saudável, ter atividades de lazer.
É essencial reconhecer seus limites e buscar ajuda quando necessário.
O que fazer quando acho que minha saúde mental não está boa?
Estima-se que em cada 100 pessoas 30 sofram, ou venham a sofrer, num ou noutro momento da vida, de problemas de saúde mental e que cerca de 12 tenham uma doença mental grave.A depressão é a doença mental mais frequente, sendo uma causa importante de incapacidade.
Procure ajuda de um psicólogo ou psiquiatra. Após o indivíduo ser avaliado pelo profissional da área, será definido se há necessidade de tratamento e qual o mais indicado para o caso.
Não se auto medique! Não coloque sua saúde mais ainda em risco. Só tome medicações psicotrópicas indicadas pelo médico.
Lembre-se: Mente sã, corpo são.
Mitos sobre o Suicídio
De modo geral, as pessoas sabem muito pouco acerca do suicídio, e, muitas das vezes, julgam de maneira equivocada àqueles que cogitam ou que tentam fazê-lo.
Mitos sobre suicídio devem ser derrubados.
De modo geral, as pessoas sabem muito pouco acerca do suicídio, e, muitas das vezes, julgam de maneira equivocada àqueles que cogitam ou que tentam fazê-lo.
Mitos sobre suicídio devem ser derrubados.
MITO: Quem quer mesmo se matar não avisa.
FATO: A maioria dos suicidas fala ou dá sinais (pelo comportamento) sobre seus pensamentos de tirar a própria vida. Muitas pessoas que estão com vontade de se matar procuram ajuda para sair dessa situação.
MITO: Falar sobre suicídio incentiva a pessoa a cometê-lo.
FATO: Falar sobre suicídio não aumenta o risco. Conversar com a pessoa, de forma sensata e acolhedora, ajuda a reduzir o seu nível de desespero.
MITO: A pessoa que tentou se suicidar uma vez nunca mais irá tentar novamente.
FATO: Já ter tentado se matar uma vez é um fator de risco para o suicídio. As tentativas de suicídio representam os primeiros passos para o suicídio em si.
MITO: Só se suicida quem tem algum parente que já se suicidou.
FATO: Possuir algum familiar que já se suicidou é um fator de risco que potencializa o seu cometimento. Pessoas sem histórico familiar, contudo, também podem vir a se suicidar.
MITO: Os suicídios sempre acontecem repentinamente, sem aviso.
FATO: A maioria dos suicídios começa com pensamentos sobre morrer e tirar a própria vida, evoluindo para um plano e por fim a ação. Existem, entretanto, casos em que os suicídios são cometidos de maneira impulsiva.
Sobre o Suicídio
Suicídio é o resultado de um sofrimento insuportável para o indivíduo.
A cada ano cerca de 1 milhão de pessoas pelo mundo tiram suas próprias vidas. No Brasil são cerca de 12 mil suicídios por ano.
O estigma e o tabu relacionados ao assunto são fatores que dificultam a detecção e a prevenção do suicídio. Falar sobre o suicido, de forma adequada, não estimula pessoas a cometê-lo, pelo contrario, ajuda quem está com esses pensamentos.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), suicídio é o ato deliberado, intencional, de causar morte a si mesmo, ou seja, é um ato iniciado e executado propositadamente por uma pessoa que tem a clara noção de que desse ato pode resultar em morte, e cujo desfecho fatal é esperado.
O suicídio é um problema de saúde pública. A cada ano cerca de 1 milhão de pessoas pelo mundo tiram suas próprias vidas. No Brasil são cerca de 12 mil suicídios por ano. O estigma e o tabu relacionados ao assunto são fatores que dificultam a detecção e a prevenção do suicídio. É importante a população estar informada sobre o suicídio, para ajudar na sua prevenção. Falar sobre o suicídio, de forma adequada, não estimula pessoas a cometê-lo, pelo contrário, ajuda quem está pensando no assunto.
É um fenômeno complexo, de múltiplas causas, cuja ocorrência não pode ser atribuída a uma única característica ou evento estressor. Estão envolvidos fatores psicológicos, sociais, biológicos, culturais e ambientais.
Os dois principais fatores de risco para o suicídio são: tentativas de suicídio anteriores e transtornos mentais/psiquiátricos. Pacientes que tentaram suicídio tem 5 a 6 vezes mais chances de tentar novamente. Cerca de 97% dos casos de suicídio estão relacionados a transtornos mentais (a depressão está em primeiro lugar, seguida do transtorno bipolar e abuso de substâncias).
Outros fatores de risco para o suicídio são: história familiar de suicídio ou tentativa de suicídio, não ter filhos, estar desempregado ou aposentado, ter doenças orgânicas incapacitantes ou dor crônica, estar sem esperanças, ter baixa auto-estima, não ter nenhuma religião, ter sofrido traumas na infância, ser solteiro, separado ou viúvo.
O suicídio predomina no sexo masculino (3-4 vezes mais que no sexo feminino), porém as mulheres cometem mais tentativas de suicídio. Pessoas mais velhas tentam cometer suicídio com menos frequência do que as mais jovens, mas conseguem consumar o ato com mais frequência. Contudo, o índice de suicídio vem crescendo entre jovens, já sendo a segunda causa de morte entre os 15 aos 29 anos de idade.
Suicídio é o resultado de um sofrimento insuportável para o indivíduo. Acaba afetando também as pessoas próximas de quem o pratica. É importante dar suporte “aos que ficam”.
Uma tentativa de suicídio sempre deve ser levada a sério, pois o sujeito está passando por um momento de sofrimento. Essa tentativa pode também ter consequências clínicas, sendo também um fator de risco para outras tentativas de suicídio futuras, que podem acabar resultando em suicídio.
COMO PREVENIR O SUICÍDIO?
A grande maioria dos suicídios poderiam ter sido evitados. Pensando nisso, é importante tentar identificar as pessoas que estão em risco.
Algumas pessoas planejam durante muito tempo antes de agir, outras tiram suas vidas movidas por um impulso, sem premeditação.
Um mito sobre esse assunto é que as pessoas que querem se matar, não avisam. Muitas vezes elas falam sobre a vontade de tirar a vida ou dão sinais pelo seu comportamento.
Alguns sinais de alerta são:
- Preocupação com sua própria morte ou falta de esperança
- Expressão de idéias ou de intenções suicidas (como falado anteriormente as pessoas podem falar sobre seu desejo de morrer, com frases claras ou menos diretas: “Quero desaparecer”, “Vou sumir”, “Vou deixar vocês em paz”, “Eu queria dormir e nunca mais acordar”, “Quero terminar com tudo")
- Se isolam ainda mais
- Sintomas de transtornos psiquiátricos (tristeza persistente, falta de vontade e prazer, alterações de humor, alteração do apetite, alteração do sono, desesperança, abuso de substancias, delírios, alucinações)
O que devo fazer se estou com pensamentos suicidas:
- Falar com alguém sobre o que está passando, seja familiar, amigo ou centros de ajuda como o Centro de Valorização da Vida (telefone 188)
- Procurar ajuda de um profissional da saúde mental, ele poderá orientar o melhor tratamento
O que devo fazer se acho que alguém, está com pensamentos suicidas:
- Converse de forma direta, isso não vai aumentar o risco de suicídio, pelo contrário
- Não julgue, não diga que é besteira, não menospreze o que o indivíduo está sentindo
- Escute tudo que ele tem para falar
- Não dê sermão
- Sugira procurar ajuda profissional
Referências:
Kaplan & Sadook. Compêdio de Psiquiatria: Ciência do Comportamento e Psiquiatria Clínica. 11th ed. Porto Alegre: Artmed; 2017.
Bertolote JM, De Leo D. O suicídio e sua prevenção. São Paulo, SP: Editora UNESP; 2012. 137
World Helth Organization. Mental health. Suicide data. 2017
www.campanhasetembroamarelo.com.br
www.portalms.saude.gov.br (Ministério da Saúde)
Entenda mais sobre psiquiatria e transtornos mentais
A psiquiatria é a especialidade da medicina que cuida dos diferentes transtornos mentais. Eles são caracterizados por uma combinação de pensamentos, percepções, emoções e comportamento anormais, que também podem afetar as relações com outras pessoas.
O que é psiquiatria?
A psiquiatria é a especialidade da medicina que cuida dos diferentes transtornos mentais. O psiquiatra visa a saúde mental do indivíduo, lidando com prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação das diferentes formas de sofrimentos mentais.
A psiquiatria estuda o ser humano, seu funcionamento, seu comportamento, seus relacionamentos, suas emoções.
O que um psiquiatra faz?
O psiquiatra avalia o paciente mediante suas queixas, sua história clínica e o exame do estado mental. Exames físico, de imagem, laboratoriais, neurológicos e testes neuropsicológicos podem ser utilizados para complementar a avaliação.
É comum ser necessário mais de uma consulta para elaborar o diagnóstico psiquiátrico. O diagnóstico é dado através da entrevista clínica e observação do paciente.
A partir do diagnóstico é definido o tratamento. O psiquiatra pode fazer o tratamento medicamentoso, psicoterápico, determinar internação hospitalar, entre outros. Pode haver necessidade de encaminhar para outro profissional da saúde, para complementar a avaliação e/ou tratamento.
O quadro clínico geral do paciente também é importante ser avaliado, visto que doenças psiquiátricas podem ser causadas ou ter sintomas semelhantes à diversas doenças clínicas.
O que são transtornos mentais?
Também chamados de transtornos psiquiátricos, doenças mentais/psiquiátricas ou distúrbios psíquicos, os transtornos mentais possuem apresentações diferentes. Segundo a Organização Mundial de Saúde, eles geralmente são caracterizados por uma combinação de pensamentos, percepções, emoções e comportamento anormais, que também podem afetar as relações com outras pessoas.
As causas dessas doenças são complexas, geralmente são multifatoriais, sendo resultado de fatores biológicos (desequilíbrio químico cerebral), genéticos (história familiar), psicossociais (acontecimentos da vida, estresse do ambiente em que vive).
Dentro desses transtornos estão a depressão, o transtorno bipolar, os transtornos de ansiedade, a esquizofrenia, o TOC, os transtornos de estresse, os transtornos de personalidade.
Em quais áreas o psiquiatra pode se especializar?
Após especializar-se em psiquiatria, o profissional pode optar por atuar em áreas mais específicas. A especialização pode ser de acordo com a idade do paciente (Psiquiatra da Infância e Adolescência ou Psicogeriatria) ou de acordo com sintomas e/ou patologias (como Especialista em Sono, em Dependência Química).
O psiquiatra pode também se aperfeiçoar em psicoterapia, mas como existem diversas técnicas psicoterápicas, normalmente é escolhida uma ou mais técnicas para se aprofundar (como Terapia Cognitivo-Comportamental, Psicanálise, Terapia de família).
Há também a possibilidade de se especializar em Psiquiatria Forense, que lida com a interface entre lei e psiquiatria. A função do psiquiatra forense é esclarecer à Justiça, a partir da avaliação da saúde mental do indivíduo, sobre sua capacidade para atos civis ou sobre sua capacidade para ser responsabilizado criminalmente.
Transtorno de Pânico (Síndrome do Pânico)
O que é?
O Transtorno de Pânico se manifesta quando há recorrência de ataques de pânico, levando ao temor da manifestação de outro ataque e/ou causando prejuízo no desempenho rotineiro.
O QUE É?
O Transtorno de Pânico (TP) faz parte do grupo dos transtornos de ansiedade, nele o indivíduo experimenta ataques de pânico inesperados e recorrentes e fica constantemente apreensivo ou preocupado com a possibilidade de sofrer novos ataques de pânico ou sofre alterações em seu comportamento devido aos ataques de pânico, com prejuízo na rotina do dia a dia.
O ataque de pânico (ou crise de pânico) é um período súbito de medo intenso ou apreensão que atinge um pico em poucos minutos, acompanhado de sintomas físicos. A pessoa pode vivenciar a sensação de que vai morrer, ou de que perdeu o controle sobre si mesma e vai enlouquecer.
Os ataques de pânico também podem ocorrer em outros transtornos mentais, como na Fobia Social, na Fobia específica, no Transtorno de Estresse Pós-Traumático.
INDÍCES DE OCORRÊNCIA
Estima-se que o transtorno atinge aproximadamente 3% da população geral ao longo da vida. Já os ataques de pânico são mais comuns, ocorrem aproximadamente em 20% dos adultos.
O Transtorno de Pânico atinge três vezes mais as mulheres.
Costuma surgir na idade adulta jovem, mas pode se desenvolver em qualquer idade.
É muito comum o individuo ter outro transtorno psiquiátrico juntamente com o Transtorno de Pânico, como Agorafobia, Depressão, Transtorno de Ansiedade Generalizada.
CAUSAS
Não se sabe a causa exata, mas acredita-se que fatores genéticos e ambientais, estresse acentuado, uso abusivo de certos medicamentos, drogas e álcool, possam estar envolvidos.
Várias condições médicas podem produzir sintomas semelhantes aos ataques de pânico, como asma, embolia pulmonar, infarto, infecções, AVC isquêmico transitório, hipertireoidismo, hipoglicemia, intoxicação por drogas (maconha, nicotina, anfetamina, cocaína), abstinência de drogas (álcool, anti-hipertensivos, sedativos). É importante diferenciar essas doenças do Transtorno de Pânico.
COMO SE MANIFESTA
O ataque de pânico começa subitamente e apresenta pelo menos quatro dos seguintes sintomas:
1) Coração acelerado, palpitações, taquicardia; 2) Sudorese; 3) Tremor ou abalos; 4) Sensação de falta de ar ou sufocamento; 5) Sensação de asfixia; 6) Dor ou desconforto no peito; 7) Náusea ou desconforto abdominal; 8) Tontura ou vertigem; 9) Ondas de calor ou frio; 10) Sensações de formigamento; 11) Desrealização (sensações de irrealidade) ou despersonalização (sensação de estar distanciado de si mesmo, como se a pessoa estivesse vivendo um sonho); 12) Medo de perder o controle ou “enlouquecer”; 13) Medo de morrer.
O Transtorno de Pânico se manifesta quando há recorrência de ataques de pânico, levando ao temor da manifestação de outro ataque e/ou causando prejuízo no desempenho rotineiro.
DICAS
Não se medique por conta própria, nem recorra ao uso do álcool ou de outras drogas para aliviar os sintomas do pânico.
Procure um psiquiatra! Esse profissional poderá realizar o diagnóstico e orientar o tratamento adequado.
TRATAMENTO
Os dois tratamentos mais eficazes são o tratamento medicamentoso e a terapia cognitivo-comportamental (TCC). O ideal é a combinação de ambos.
O tratamento farmacológico é feito com antidepressivos e ansiolíticos.
A TCC geralmente é um tratamento breve, e tem como objetivo corrigir os julgamentos catastróficos, modificando pensamentos errôneos e disfuncionais e os medos condicionados, decorrentes das sensações corporais
AGORAFOBIA
É uma complicação freqüente do Transtorno de Pânico, na qual o indivíduo evita situações ou lugares devido o medo de ter um ataque de pânico em que possa ser difícil fugir ou conseguir ajuda.
As três manifestações principais são: medo de sair de casa; medo de ficar sozinho; medo de estar longe de casa.
Depressão, você sabe o que é ?
Segundo a OMS, estima-se que mais de 300 milhões de pessoas vivem com depressão.
Como identificar a depressão?
Os sintomas persistentes são decorrentes de desequilíbrios na bioquímica cerebral, afetando os neurotransmissores (como a serotonina).
A depressão é um transtorno mental caracterizada pela tristeza persistente e/ou perda de interesse e prazer nas atividades, causando um significativo sofrimento.
Os sintomas persistentes são decorrentes de desequilíbrios na bioquímica cerebral, afetando os neurotransmissores (como a serotonina).
→ Como se manifesta?
Outros sintomas acompanham os sintomas de humor, como:
Alteração do sono e do apetite
Redução da energia
Dificuldade de concentração e de tomar decisões
Sentimentos de culpa e inutilidade
Pensamentos negativos
Alterações psicomotoras (agitação ou lentificação)
Disfunções sexuais
Baixa auto-estima
Vontade de se isolar
→ Causas/ Fatores de risco:
A depressão é resultado de uma interação de fatores biológicos (níveis anormais de neurotransmissores), de fatores genéticos (história familiar) e fatores psicossociais (estresse ambiental, traumas físicos e psicológicos, separação conjugal, luto).
Pode ocorrer em qualquer idade e em ambos os sexos, sendo a idade média de inicio em torno dos 40 anos e mais comum em mulheres.
O transtorno pode ser causado por doenças clínicas (como hipotireoidismo, Lúpus Eritematoso Sistêmico, doença de Parkinson, Síndrome de Cushing), induzido por medicações (como Interferon, alguns anti-hipertensivos, corticoesteroides) ou substâncias psicoativas (como álcool, anfetaminas, maconha, cocaína).
→ Índices de ocorrência:
Segundo a OMS, estima-se que mais de 300 milhões de pessoas vivem com depressão.
→ Tratamento:
O tratamento é realizado com medicamentos antidepressivos e psicoterapia. Após a melhora dos sintomas, o tratamento deve ser continuado por meses ou anos, a fim de prevenir novos episódios.
→ Área:
O diagnóstico e tratamento farmacológico são feitos por um psiquiatra. A psicoterapia pode ser realizada por psiquiatra ou psicólogo.
→ Dicas:
Depressão não é sinal de fraqueza! Se tiver pensamentos suicidas, fale com alguém e peça ajuda! O apoio dos familiares ajuda na recuperação.