Tabagismo
O tabaco é uma das principais causas evitáveis de mortes no mundo.
Você sabia?
O Dia Mundial sem Tabaco (31 de maio) foi criado em 1987 pela Organização Mundial da Saúde com objetivo de atrair atenção do mundo para a epidemia do tabagismo e as doenças e mortes, evitáveis, relacionadas ao uso de tabaco.
Fumantes podem já ter alguma doença pulmonar ou capacidade pulmonar reduzida, tornando-se mais vulneráveis à Covid-19.
Há mais de 4000 produtos químicos no fumo do tabaco (250 são conhecidos por serem prejudiciais e mais de 50 por causarem câncer).
O tabaco é uma das principais causas evitáveis de mortes no mundo.
O tabagismo mata mais de 8 milhões de pessoas por ano.
No Brasil, a cada ano, aproximadamente 157 mil pessoas morrem devido ao tabaco.
Fumantes adoecem com uma freqüência 2 vezes maior que os não fumantes.
Cerca de 1 milhão de mortes por ano são devido o fumo passivo (inalação da fumaça exalada pela pessoa que está fumando).
Dispositivos eletrônicos (cigarros eletrônicos ou aquecidos) também geram malefícios à saúde e causam dependência.
A dependência é causada pela nicotina.
Tabagismo está associado a diversos tipos de câncer (pulmão, laringe, faringe, esôfago, estômago, pâncreas, fígado, rim, bexiga, colo de útero, leucemia), doenças pulmonares (enfisema pulmonar, bronquite crônica, asma, infecções) e doenças cardiovasculares (angina, infarto agudo do miocárdio, hipertensão arterial, aneurisma, AVC, tromboses).
Fontes: Organização Mundial da Saúde (OMS) e Instituto Nacional do Câncer (INCA).
O que é DESREALIZAÇÃO?
A desrealização se refere a sentimentos de irrealidade ou de afastamento ao mundo externo (ambiente).
A desrealização se refere a sentimentos de irrealidade ou de afastamento ao mundo externo (ambiente), enquanto a despersonalização se refere ao sentimento de irrealidade em relação a si próprio.
Na desrealização o indivíduo pode descrever sua percepção do mundo exterior como um ambiente no qual falta lucidez ou emoção , como se estivesse em um sonho, em um filme ou morto. A pessoa parece estar “desconectada do mundo”. Os objetos são vivenciados como irreais , nebulosos ou visualmente distorcidos.
Pode ser um sintoma de transtornos psiquiátricos (como depressão, ataque de pânico, TEPT, esquizofrenia, transtornos dissociativos) ou o sintoma central do Transtorno de Desrealização.
Transtorno de Personalidade
São caracterizados por padrões de comportamento mal adaptativo profundamente enraizados, que já estão presentes na adolescência ou início da vida adulta e permanecem na vida adulta.
Personalidade se refere a todas as características de adaptação de formas únicas a ambientes internos e externos em constante modificação.
A personalidade é formada durante as etapas do desenvolvimento psicoafetivo, pelos quais passa a criança desde a gestação. Para a sua formação, incluem tanto os elementos geneticamente herdados (temperamento) como também os adquiridos do meio ambiente no qual o ser está inserida.
Transtornos de personalidade são comuns e crônicos. São caracterizados por padrões de comportamento mal adaptativo profundamente enraizados, que já estão presentes na adolescência ou início da vida adulta e permanecem na vida adulta. Esse padrão de comportamento é inflexível, leva a prejuízo ou sofrimento e se manifesta em algumas dessas áreas: cognição, afetividade, funcionamento interpessoal ou controle de impulsos.
Por classificação, eles são separados em grupos/clusters que se baseiam em semelhanças descritivas:
Grupo/Cluster A abrange os com características estranhas, excêntricas ou de afastamento social:
T. DE PERSONALIDADE PARANÓIDE: caracterizado por desconfiança e suspeitas em relação aos outros injustificada, sensibilidade excessiva a rejeição, ciúme excessivo (principalmente do cônjuge), rancor, dificuldade de confiar nos outros, rigidez, auto-importância excessiva e tendência a culpar os outros e lhes atribuir motivos perversos. Costumam ser hostis e irritáveis.
T. DE PERSONALIDADE ESQUIZÓIDE: caracterizado por distanciamento das relações sociais, frieza emocional, capacidade limitada para expressar sentimentos, isolamento, esquiva de relacionamentos íntimos ou competitivos, excentricidade. Parecem caladas, distantes, isoladas. Sentem prazer em poucas atividades, sem amigos próximos, mostram-se indiferentes a críticas ou elogios.
Sem perda da capacidade de reconhecer a realidade.
T. DE PERSONALIDADE ESQUIZOTÍPICA: exibem características estranhas ou excêntricas. Apresentam déficits sociais e interpessoais. Apresentam crenças estranhas e distorções cognitivas, desconfiança, pensamento e discurso estranhos, indiferença, ausência de amigos próximos. Leve perda do contato com a realidade.
Grupo/Cluster B inclui os com características dramáticas, emotivas ou impulsivas ou imprevisíveis:
T. DE PERSONALIDADE ANTISSOCIAL: abrange as pessoas em conflito com a sociedade, desrespeitando e violando os direitos alheios. Indiferença pelos sentimentos alheios, desrespeito por normas, regras e obrigações sociais são características. Pessoas incapazes de demonstrar lealdade, egoístas, insensíveis, irresponsáveis, impulsivas, incapazes de sentir culpa. Baixos níveis de tolerância a frustração e tendência a culpar os outros.
T. DE PERSONALIDADE NARCISISTA: possuem um padrão de grandiosidade, necessidade de admiração e falta de empatia. São pessoas com uma sensação grandiosa da própria importância, invejosos e preocupadas com sucesso, poder, beleza.
T. DE PERSONALIDADE HISTRIÔNICA (ou HISTÉRICA): se caracteriza por excessiva emotividade e busca de atenção. Costumam ser influenciáveis e sentir desconforto quando não são o centro das atenções. São pessoas vaidosas, influenciáveis, dramáticas, teatrais, com discurso impressionista, comportamento sedutor e com mudanças rápidas na expressão das emoções.
T. DE PERSONALIDADE BORDERLINE (ou EMOCIONALMENTE INSTÁVEL): caracterizado por instabilidade emocional e nos relacionamentos interpessoais. Apresentam acentuada impulsividade, medo constante de abandono, sexualidade caótica, atos suicidas, comportamento automutilatório, problemas de identidade, ambivalência, sentimento de vazio, raiva inadequada.
Grupo C engloba os com características de ansiedade e medo:
T. DE PERSONALIDADE OBSESSIVO-COMPULSIVA (ou ANANCÁSTICA): caracterizada por preocupação com ordem e controle, perfeccionismo e comando interpessoal. Preocupação extensa com detalhes, regras, listas, ordem, horário e organização. Indivíduos devotos ao trabalho e a produtividade, relutantes a delegar tarefas e trabalhar em conjunto com outras pessoas. Podem ser rígidos, teimosos, incapazes de relaxar, acumuladores de objetos, avarentos.
T. DE PERSONALIDADE EVITATIVA (ou ESQUIVA ou ANSIOSA): engloba características de inibição social, sentimentos de inadequação e hipersensibilidade à avaliação negativa. Apresentam sentimentos de tensão e apreensão, medo de críticas e rejeição, desejo de evitar contato social, baixa auto-estima. Podem ser vistos como “envergonhados”, “tímidos”, “solitários” ou “isolados”.
T. DE PERSONALIDADE DEPENDENTE: necessidade global e excessiva de ser cuidado, levando a um comportamento passivo e submisso. Manifestam dificuldade de tomar decisões, dificuldade de discordar dos outros, dificuldade de iniciar projetos ou fazer coisas por conta própria, sempre em busca de um relacionamento íntimo.
O que é APATIA?
Apatia é a diminuição da excitabilidade emotiva e afetiva.
Apatia é um estado de indiferença emocional, uma incapacidade de sentir afetos.
O indivíduo se queixa de não conseguir sentir nem alegria, nem tristeza, nem raiva, nem nada.
Mas isso não quer dizer que a pessoa “é fria”ou “um robô”. O indivíduo sente que está emocionalmente desligado.
É um “tanto faz, tanto fez” para tudo na vida.
Muitas vezes a apatia é confundida com a anedonia, que é a incapacidade de sentir prazer. Mesmo tendo significados diferentes, é muito comum ocorrerem simultaneamente.
Ocorre principalmente nos quadros depressivos, podendo decorrer também em quadros ansiosos, de estresse e outros.
Coronavírus e ansiedade
Estamos vivenciando um momento que modificou muito nossas vidas e isso tem deixado muitas pessoas ansiosas.
Você tem notado que está mais ansioso?
Estamos vivenciando um momento que modificou muito nossas vidas e isso tem deixado muitas pessoas ansiosas. A mudança da rotina, passar o dia em casa, o medo de ficar doente e da morte, o distanciamento de pessoas que gostamos podem estar trazendo consequências psicológicas, como gerar ansiedade ou agravar um quadro ansioso pré existente.
Para ajudar a controlar a ansiedade, nesse período, tente estabelecer uma rotina. Mas também não exija muito de si mesmo, não se culpe se não está sendo produtivo.
Evite o excesso de notícias e busque fontes confiáveis. Passar o dia vendo notícias pode pior a ansiedade.
Faça atividades prazeirosas, mantenha contato virtual com familiares e amigos, fale sobre seus sentimentos, faça atividade física em casa, cuide do seu sono.
É natural surgirem dificuldades diante da incerteza que estamos vivendo. Mas foque sua atenção no que você pode controlar.
Como preservar a saúde mental durante a pandemia
-Limite o excesso de informações
Busque informações apenas em fontes confiáveis. É importante estar ciente dos acontecimentos mas cuide para não passar muito tempo exposto as notícias.
-Estabeleça uma rotina
Mesmo ficando em casa tente ter uma rotina. Ao acordar se arrume como fosse sair de casa, se sinta bem. Mantenha uma rotina com sono regular, alimentação saudável e faça exercícios físicos que possam ser feitos em casa.
-Aproveite o tempo em casa
Esse é o momento de fazer coisas que antes não tinha tempo. Também é um período para fazer coisas que gosta. Aproveite para ouvir música, ler aquele livro que estava na sua lista, ver filmes e séries, cozinhar receitas novas, cuidar da pele e cabelos, arrumar o armário e separar roupas para doação, colocar os estudos em dia, fazer um curso online, jogas jogos e conversar muito pelo telefone.
-Mantenha contato com outras pessoas
Reserve uma parte do dia para interagir com outras pessoas, seja as que estão na mesma casa ou aquelas que estão longe. Aproveita as mensagens, ligações e chamadas por vídeo para não se manter isolado.
-Mantenha seu tratamento
Se você faz algum tratamento médico não deve interromper.
-Procure ajuda profissional se precisar
Se você perceber que não está conseguindo lidar com a situação procure seu psiquiátrica ou psicólogo e não esqueça do CVV (188). Atendimentos por telefone ou chamada por vídeo estão sendo realizados pela maioria dos profissionais dessa área.
O que é DESPERSONALIZAÇÃO?
É caracterizada por experiências de irrealidade, distanciamento ou de ser um observador externo dos próprios pensamentos, sentimentos, corpo ou ações.
É quando a pessoa tem a sensação de estranhamento do próprio eu, como se fosse um observador externo de si mesmo.
Diversos componentes distintos compõem a experiência da despersonalização, incluindo um senso de alterações corporais, dualidade de si como observador e ator, distanciamento dos outros e das próprias emoções.
Pode ser um sintoma de alguns distúrbio psiquiátricos (intoxicação ou abstinência de drogas, ataques de pânico, TEPT, fobias, esquizofrenia, transtornos dissociativos) ou o sintoma central do Transtorno de Despersonalização.
Depressão Pós Parto
A depressão pode ocorrer em qualquer fase da vida da mulher, inclusive durante a gestação ou após o nascimento de um filho.
A depressão pode ocorrer em qualquer fase da vida da mulher, inclusive durante a gestação ou após o nascimento de um filho.
Durante a gestação e no pós parto há mudança nos níveis hormonais. Essas mudanças hormonais, juntamente com outros fatores como a privação do sono, as mudanças físicas, a nova rotina e o papel de mãe podem facilitar o aparecimento de transtornos de humor nesses períodos.
A tristeza pós-parto pode ser normal, sendo chamada de Baby Blues. A mulher fica mais sensível e apresenta além da tristeza, irritabilidade, insegurança, ansiedade, vontade de chorar. Esse período é passageiro, durando alguns dias e não há prejuízo importante na vida diária da mulher.
Já na depressão pós-parto, a puérpera apresenta os sintomas de depressão (tristeza persistente, falta de prazer ou vontade nas atividades, ideias de culpa, choro, alteração de apetite, vontade de morrer). Esse quadro é persistente e pode dificultar o vínculo entre mãe e bebe.
A depressão pós-parto deve ter tratada!
O que é ANEDONIA?
É a incapacidade de obter e sentir prazer.
É a incapacidade de obter e sentir prazer.
A pessoa com anedonia não consegue mais sentir prazer com determinadas atividades e experiências de vida.
O indivíduo pode não sentir mais prazer sexual, não consegue desfrutar da companhia de amigos e familiares, não aproveita atividades de lazer, não curte uma viagem; ele passa a “não ver graça nas coisas”.
Anedonia é um sintoma central nos transtornos depressivos, podendo ocorrer também nos quadros esquizofrênicos crônicos, transtornos de personalidade, dependência química.
SÍNDROME DE BURNOUT
Também conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional, a Síndrome de Burnout é um distúrbio psíquico caracterizado por esgotamento físico e psicológico causado pela vida profissional.
Também conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional, a Síndrome de Burnout é um distúrbio psíquico caracterizado por esgotamento físico e psicológico causado pela vida profissional.
Sua principal característica é o estado de esgotamento e estresse crônicos provocado por condições de trabalho físicas, emocionais e psicológias desgastantes.
Sintomas físicos:
- Dores musculares
- Dores de cabeça
- Cansaço
- Infecções
- Palpitações
- Pressão alta
- Problemas gastrointestinais
Sintomas emocionais:
- Insônia
- Alteração de apetite
- Choro
- Alterações no humor
- Ansiedade
- Dificuldade de concentração
- Irritabilidade
- Tensão
- Frustração
- Insegurança
- Negatividade
- Isolamento
Os profissionais mais atingidos são os professores, policiais, bombeiros e profissionais da área da saúde.
O tratamento da Síndrome de Burnout é feito com psicoterapia, mudanças no estilo de vida no trabalho, podendo também envolver medicamentos e afastamento das atividades laborais.
Dicas para enfrentamento do Burnout:
- Não ter carga horária de trabalho excessiva
- Tirar férias regularmente
- Pedir ajuda dos colegas de trabalho quando necessário
- Reconhecer e respeitar seus limites
- Saber dizer “não”
- Praticar exercício físico
- Ter atividades de lazer
- Meditar
MITOS SOBRE ANTIDEPRESSIVOS
Mitos e fatos sobre antidepressivos.
MITO: Antidepressivos deixam a pessoa sedada.
FATO: Alguns antidepressivos podem causar sonolência, sendo utilizados à noite. Estes inclusive podem ser usados para insônia, mas o objetivo é que não ocorre sonolência durante o dia.
MITO: Antidepressivos viciam.
FATO: Eles não causam dependência. Pode acontecer dos sintomas prévios retornarem após suspensão da medicação.
MITO: Se começar a tomar antidepressivo tem que tomar o resto da vida.
FATO: O tempo de tratamento com antidepressivo é variável, depende do caso de cada um.
MITO: Antidepressivos engordam.
FATO: Alguns antidepressivos podem causar o aumento do apetite, assim como alguns podem causar redução do apetite ou também não interferir no apetite.
MITO: Só faz uso de antidepressivo quem tem depressão.
FATO: Os antidepressivos também são utilizados para tratar outras condições, como transtornos de ansiedade, TOC, TEPT, insônia.
Esquizofrenia
A Esquizofrenia é um transtorno psiquiátrico crônico que se caracteriza por distorções do pensamento e da percepção, e por afetos inapropriados ou embotados. O indivíduo apresenta psicose (perda do contato com a realidade).
Ao contrário dos que muitos pensam, usualmente não há alteração da capacidade intelectual, embora déficits cognitivos possam evoluir no curso do tempo.
Inclui pacientes com sintomas, resposta ao tratamento e curso da doença variáveis.
Epidemiologia
A esquizofrenia é um transtorno mental que atinge aproximadamente 1% da população mundial.
Acomete tanto homens quanto mulheres.
O início da doença costuma ser mais precoce nos homens, sendo o pico de início entre 10 e 25 anos. Nas mulheres tem dois picos de início, entre 25 e 35 anos e após os 40 anos. O início da doença antes dos 10 anos e após os 60 anos é raro.
Causas
As causas que levam o paciente e desenvolver esquizofrenia são ainda desconhecidas.
Sabe-se que estão envolvidos fatores genéticos, ambientais, psicológicos.
Sintomas
Os principais sintomas são alucinações (percepções visuais, auditivas, olfativas ou táteis que na realidade não existem), delírios (crenças ou idéias que constituem uma falsa realidade, ou seja, não são compartilhadas pelas outras pessoas), comportamento desorganizado, fala desorganizada, embotamento afetivo (redução da demonstração de emoções) e avolia.
Outros sintomas que podem estar associados são: apatia, dificuldade de concentração, ambivalência (sentimentos opostos em determinadas situações), isolamento social, alterações motoras, comportamento desinibido, respostas emocionais inadequadas, falta de higiene pessoal, mutismo, fala monótona, incoerente ou desorganizada.
Subtipos
Esquizofrenia paranoide: Tem predomínio de alucinações e delírios (frequentemente de perseguição ou grandeza). Alterações do afeto, da volição e da fala estão presentes mas não são proeminentes. Tendem a ser desconfiados, cautelosos, reservados, podendo ser às vezes hostis. É o subtipo mais comum.
Esquizofrenia hebêfrenica ou desorganizada: Tem predomínio de alterações do afeto e regressão acentuada para um comportamento primitivo, desinibido e imprevisível. Pensamento e fala desorganizados. Alucinações e delírios são fugazes e fragmentados. Contato com a realidade é pobre.
Esquizofrenia catatônica: Caracterizada por acentuado distúrbio motor. Pode envolver: estupor (diminuição marcante da reatividade ao meio ambiente), mutismo, negativismo (resistência aparentemente imotivada a todas instruções ou tentativas para ser movido), rigidez, excitação, posturas bizarras. Podem alternar entre extremos de excitação e estupor.
Esquizofrenia simples: Desenvolvimento lento mas progressivo de uma conduta estranha, incapacidade para atender as exigências da sociedade e um declínio no desempenho total. Delírios e alucinações não são evidentes. Tipo incomum.
Esquizofrenia residual: Estágio crônico no desenvolvimento da esquizofrenia. Estágio mais tardio da doença caracterizado por sintomas “negativos" (afeto embotado, falta de iniciativa, retardo psicomotor, pobreza do discurso, falta de autocuidado, desempenho social pobre).
Tratamento
O pilar do tratamento são as medicações antipsicóticas. Intervenções psicossociais também são importantes, assim como a rede de apoio familiar.
Durante períodos de crises pode ser necessária a hospitalização.
Transtorno de Compulsão Alimentar
Caracteriza-se por episódios recorrentes de compulsão alimentar. Nesses episódios o indivíduo ingere uma quantidade anormalmente grande de comida em um curto período de tempo. São acompanhados por uma sensação de falta de controle.
O transtorno de compulsão alimentar caracteriza-se por episódios recorrentes de compulsão alimentar. Nesses episódios o indivíduo ingere uma quantidade anormalmente grande de comida em um curto período de tempo. São acompanhados por uma sensação de falta de controle.
Os episódios não são acompanhados de comportamento compensatório recorrente como vômito, abuso de laxante ou dieta excessiva.
O transtorno é mais comum em mulheres.
Aparece em mais ou menos 25% do pacientes que procuram atendimento médico por obesidade.
Aproximadamente metade dos indivíduos com transtorno de compulsão alimentar é obesa.
O transtorno pode estar associado a insônia, menarca precoce, dor no pescoço ou no ombro e na região lombar, dor muscular crônica e transtornos metabólicos.
Características dos episódios de compulsão alimentar:
-comer de modo mais rápido que o normal e até se sentir desconfortavelmente saturado
-comer grandes quantidades de alimentos na ausência de sensação física de fome
-comer sozinho
-sentir-se culpado ou deprimido pelo episódio
O que é EMPATIA?
É a capacidade de se colocar no lugar de outra pessoa, buscando agir, pensar e sentir como ela, tentando entendê-la.
É a habilidade socioemocional, onde se tenta enxergar as situações da vida de uma outra pessoa sob o ponto de vista dela.
A empatia é o canal de conexão com o outro. É fundamental para o convívio social e para construir bons relacionamentos. Ela ajuda o indivíduo a saber respeitar e ter tolerância com o próximo, no momento que se consegue entender o ponto de vista do outro.
O que é RESILIÊNCIA?
É a habilidade que o indivíduo tem de lidar bem e conseguir superar situações adversas.
Resiliência é a capacidade do ser humano de lidar com situações adversas, como problemas, mudanças, traumas, estresses. O indivíduo consegue encontrar soluções e enfrentar as adversidades mantendo sua saúde mental.
Todas as pessoas passam por situações difíceis, e a maioria das pessoas conseguem “seguir em frente”, ou seja, são resilientes.
Essas pessoas são capazes de enfrentar bem seus problemas e ainda conseguem se beneficiar com eles, aproveitando para aprender, crescer e mudar. Elas costumam se desafiar mais e não desistir de seus objetivos.
As pessoas que não são resilientes podem precisar de ajuda para superar as adversidades, podendo vir a desenvolver a resiliência.
Transtorno Bipolar
O Transtorno Bipolar é caracterizado pela alternância de humor: ocorrendo períodos de tristeza, que alternam com períodos de alegria excessiva/euforia, e com períodos de humor normal.
O QUE É?
O Transtorno Bipolar é caracterizado pela alternância de humor: ocorrendo períodos de tristeza, que alternam com períodos de alegria excessiva/euforia, e com períodos de humor normal. Estes períodos de humor alterado são acompanhados de outros sintomas, caracterizando episódios depressivos e episódios maníacos ou hipomaníacos.
CARACTERÍSTICAS
É uma doença crônica.
Acomete em torno de 2% da população mundial.
Pode se manifestar em qualquer idade (desde crianças até idosos), sendo mais comum na adolescência ou inicio da idade adulta.
Indivíduos com história familiar de transtorno bipolar tem um risco aumentado para desenvolver a patologia.
FASES
Depressão: se caracteriza por tristeza persistente, perda de interesse e prazer nas atividades, alteração do sono, alteração do apetite, pessimismo, redução da energia, dificuldade de concentração, falta de energia, baixa autoestima. Os sintomas duram no mínimo duas semanas.
Mania: período que se caracteriza por humor elevado, expansivo ou irritável, aceleração do pensamento, pressão para falar, agitação, desvio da atenção, autoestima elevada, compras excessivas, diminuição da necessidade de sono, aumento de energia, aumento da libido. Dura no mínimo uma semana.
Hipomania: é um grau mais leve de mania, aonde os sintomas não chegam a causar comprometimento social ou ocupacional. Tem duração mínima de quatro dias.
Misto: se caracteriza pela presença concomitante de sintomas depressivos e maníacos. Dura no mínimo uma semana.
TIPOS
Tipo I: presença de pelo menos um episódio maníaco ao longo da vida.
Tipo II: presença de pelo menos um episódio hipomaníaco ao longo da vida e um ou mais episódios depressivos, sem ter nunca tido um episódio maníaco.
DIAGNÓSTICO
É clínico, baseado na história do paciente. Pode demorar anos para ser estabelecido, pois o paciente vai apresentando sintomas do transtorno ao longo da vida.
TRATAMENTO
O tratamento medicamentoso é fundamental. A medicação escolhida depende da fase do transtorno em que o paciente se encontra. Os medicamentos mais usados são os que estabilizam o humor (lítio, anticonvulsivantes, antipsicóticos). Antidepressivos também podem ser usados, desde que associados com estabilizadores de humor.
Outras abordagens também são importantes, como orientações para o paciente e os familiares, psicoterapia, grupos de apoio, palestras educativas.
COMORBIDADES
Pacientes com transtorno bipolar usualmente apresentam outros transtornos psiquiátricos simultaneamente. Os mais frequentes são os transtornos de ansiedade, abuso de substâncias químicas, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade.
Agorafobia
Medo ou uma ansiedade em relação a lugares dos quais a fuga possa ser difícil.
Refere-se a um medo ou uma ansiedade em relação a lugares dos quais a fuga possa ser difícil.
Pode interferir de maneira significativa na capacidade de uma pessoa funcionar no trabalho e em situações sociais fora de casa.
É uma consequência frequente do transtorno de pânico. O indivíduo evita situações as quais acha que poderiam desencadear um ataque de pânico ou que poderia ser difícil escapar caso tivesse um ataque de pânico.
As principais situações temidas são:
-Utilizar transporte coletivo (p. ex. ônibus, trem, avião, carro)
- Permanecer em espaços abertos (p. ex. parque, estacionamento aberto)
- Permanecer em locais fechado (p.ex. lojas, teatro, cinema, elevador)
- Permanecer em uma fila ou ficar em meio a uma multidão
- Sair de casa sozinho
Como a vida moderna influencia a saúde mental?
As doenças mentais estão cada vez mais prevalentes, inclusive entre os jovens. A depressão e a ansiedade estão entre as que mais crescem. E quais podem ser os motivos desse acontecimento?
As doenças mentais estão cada vez mais prevalentes, inclusive entre os jovens. A depressão e a ansiedade estão entre as que mais crescem. E quais podem ser os motivos desse acontecimento?
As pessoas têm cada vez mais buscado sucesso pessoal e profissional. Vinte e quatro horas já não são suficientes para cumprir as metas do dia. A preocupação com o trabalho muitas vezes ultrapassa a preocupação com o próprio bem estar.
O trânsito, a violência/criminalidade, a instabilidade financeira, a correria do dia a dia levam a níveis de estresse diários que podem acabar alterando nossa mente, podendo desencadear quadros de transtornos de humor e ansiedade. O estresse é um mecanismo normal do corpo. As substâncias liberadas (como a adrenalina e o cortisol) diante de situações estressantes tem importante papel para o organismo reagir àquela situação. Mas a liberação dessas substâncias de forma crônica e excessiva pode causar alterações no metabolismo e na saúde mental.
Outra mudança na vida moderna é o uso da internet e das redes sociais. A maneira como as pessoas interagem e se comunicam vem mudando. A tecnologia pode trazer efeitos positivos e negativos a longo prazo.
Se por um lado as mídias sociais ajudaram a aproximar quem está longe, por outro, reduziram o tempo de interação entre as famílias e amigos que estão no mesmo ambiente físico. As pessoas tendem a mostrar só seus sucessos nas redes sociais, fazendo com que muitos acreditem que a vida do outro realmente é assim como vista na tela, “perfeita”. Essas mudanças causam impacto na saúde mental do individuo, podendo contribuir para problemas psiquiátricos, como transtornos ansiosos, depressivos, comportamentos compulsivos e dependência.
Temos que nos adaptar a essas mudanças da vida moderna, nos preocupando sempre com nosso bem estar. Alguns hábitos podem ajudar a controlar o estresse, como praticar atividade física regularmente, meditar, ter uma alimentação balanceada, realizar atividades de lazer, dormir bem à noite. Vale ressaltar que é importante os pais monitorem o tempo que as crianças e adolescentes passam nos celulares, computadores e jogos eletrônicos. O nosso desafio diante dessas mudanças da vida moderna é buscar o equilíbrio, sabendo aproveitar o que essas modificações nos trazem, sem deixar que nossa saúde mental seja prejudicada.
Eletroconvulsoterapia (ECT)
A eletroconvulsoterapia (ECT) é um procedimento que consiste na indução de convulsões generalizadas, pela passagem de uma corrente elétrica pelo cérebro para fins terapêuticos.
O que é:
A eletroconvulsoterapia (ECT) é um procedimento que consiste na indução de convulsões generalizadas, pela passagem de uma corrente elétrica pelo cérebro para fins terapêuticos.
É considerado um tratamento indolor e seguro, inclusive em idosos e gestantes.
Como é realizado:
Antes do procedimento são feitas avaliações médicas (psiquiátrica e clínica).
O paciente ou o familiar (caso o paciente não esteja em condições de tomar decisões) deve autorizar o procedimento.
A ECT é realizada em ambiente hospitalar, com equipe especializada, sendo utilizado anestesia e relaxante muscular, e usado de rotina eletrocardiograma, eletroencefalograma e oximetria de pulso.
O paciente fica inconsciente enquanto é feito o procedimento.
Normalmente são necessárias 6 a 12 sessões para obter bom resultado.
Mecanismo de ação:
É induzida uma convulsão generalizada bilateral. Porém, sabe-se que a crise convulsiva não é suficiente para a eficácia do método. Deste modo outras teorias vêm sendo desenvolvidas de forma promissora. Acredita-se que a ECT trabalhe pela restauração da disfunção neuroendócrina presente nos transtornos psiquiátricos. Outra teoria afirma que a convulsão induz efeitos neurotróficos no sistema límbico, o que seria essencial para eficácia desse método.
Principais indicações:
Depressão (principalmente com risco de suicídio ou sintomas psicóticos)
Transtorno Bipolar (episódio depressivo, maníaco ou misto)
Esquizofrenia
Transtorno Esquizoafetivo
Transtorno Esquizofreniforme
Catatonia
Principais efeitos colaterais:
Os principais efeitos colaterais imediatos da ECT incluem: dor de cabeça, náusea, vômito, dores musculares, arritmias cardíacas e alterações cognitivas (confusão mental e prejuízo na memória).
A perda de memória causada pela ECT costuma ser transitória e reversível.
Método controverso:
A primeira vez que a ECT foi usada foi em 1940. Nessa época era usada sem anestesia, a quantidade de corrente elétrica não era controlada, era aplicada de forma indiscriminada (até pela falta de opções terapêuticas eficazes) e muitas vezes era feita sem o consentimento do paciente ou de familiares. Tudo isso contribuiu para o estigma negativo da ECT.
Porém ao longo dos anos vários estudos foram feitos comprovando a eficácia e a segurança desse tratamento e estabelecendo suas indicações. O método também foi aprimorado e o conforto do paciente assegurado pela anestesia e medicações coadjuvantes.
Nos dias de hoje novelas, filmes e séries muitas vezes mostram o método como sendo punição ou tortura, porém a realidade é outra, a Eletroconvulsoterapia é usada como tratamento.
Não compartilhe preconceito! Se informe sobre a ECT antes de opinar!
Fontes:
Diretrizes da AMB para Eletroconvulsoterapia
Kaplan & Sadook. Compêdio de Psiquiatria: Ciência do Comportamento e Psiquiatria Clínica. 11th ed. Porto Alegre: Artmed; 2017.
ANTIDEPRESSIVOS
O que preciso saber?
O que preciso saber?
Não são usados somente para tratar depressão. Por exemplo, são usados para tratar transtornos de ansiedade.
Em geral, demoram em torno de 2 semanas para começar a fazer efeito.
Existem várias classes de antidepressivos (ISRS, IRSN, Tricíclicos, IMAO, Atípicos,...). Ou seja, agem de diferentes formas no Sistema Nervoso Central.
O tempo de tratamento é variável (normalmente o tempo mínimo é 6-12 meses).
Nem todos antidepressivos podem ser usados na gestação e amamentação. Alguns são mais seguros para estes casos.
Alguns antidepressivos podem alterar o apetite, podendo levar ao aumento ou perda de peso.
Não deixam o paciente sedado.
Alguns antidepressivos podem causar sonolência, sendo usados à noite. Inclusive estes podem ser usados para tratar insônia.
Atuam em neurotransmissores (como serotonina, noradrenalina, dopamina).
Eles não "curam" os transtornos mentais, e sim tratam, promovendo a remissão dos sintomas.
Não viciam.
O que pode acontecer é apresentar efeitos colaterais na retirada da medicação ou ser necessário tomar por toda vida (indicado em casos específicos).
NÃO TOME ANTIDEPRESSIVOS POR CONTA PRÓPRIA.
O psiquiatra que vai saber avaliar se há necessidade de usar medicamento e qual é o mais indicado para o caso.